sexta-feira, 16 de março de 2007

Cartas

...Essas são as horas tenras de silencio e sinto o que está acima dos meus atos: o envolvimento. Trago em mim o caos, a ousadia e o tremor.Água a baixo, fogo acima, é sempre assim o que me motiva é o encontro da diferença.Tantas coisas matam os homens...Cada lágrima é o sangue de sal das facas que cortaram por dentro.Exilada em minha terra, vejo assim a minha alma.Pesar: sofrimento moral!Suicidei-me várias vezes, de outras fui omissa diante de minha própria agonia, quantas vezes tive que simplesmente deixar morrer!Segredos do meu intimo são estas orquídeas mortas expostas ao sol, isso se perdeu além dos limites do entendimento; venceu monstros mas se perdeu!Historias de nostalgia...
Procuro o manancial de prazer dos sentidos e é vão, é pouco, longe não chego...Existirá outra face?Ou serão vários os corpos que se encaixam em mim?A dúvida me atravessa, afinal quantos serão?Quantos passaram pela minha vida, trazendo a dor e o amor...Luz e morte do que vem e se vai.Quantas vezes morrerão meus amores, quantas vezes eu morrei?

Anna Paula Oliveira

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