terça-feira, 27 de março de 2007

li(gi)a

lia lentamente o que dizia
aquela hora aquele sonho aquele dia
lia
pois o mundo se espraiava sob letras e palavras
e todas elas indicavam direção.
Houve então...
ouve!
há um grito
um choro distante
(mas não de tristeza
mas não de alegria)
ouve um grito que diria
- caso estivesse em mãos -
que a luz da noite ao dia
se embala em canção

Leandro Durazzo

2 comentários:

Vitor Souza disse...

Palavras com a mesma sonoridade, mas com significados diferentes. Me senti correndo em zigue-zague, lendo esse poema. Gostei.

Escrivinhações do Feuser disse...

Muitas vezes precisamos hibernar e acordar pra primavera e verão.
Foi o que senti.
Sempre consegues fazer pensar Leandro. E é pra isso que servem os escritores.